Ábia Costa
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Ábia Costa
Agita-se uma sombra de cipreste,
Sombra roubada ao livro que ando a ler,
A esse livro de mágoas que me deste.
Estranho livro aquele que escreveste,
Artista da saudade e do sofrer!
Estranho livro aquele em que puseste
Tudo o que eu sinto, sem poder dizer!
Leio-o, e folheio, assim, toda a minha alma!
O livro que me deste é meu, e salma
As orações que choro e rio e canto! ...
Poeta igual a mim, ai que me dera
Dizer o que tu dizes! ... Quem soubera
Cada um deve ser e proporcionar a si mesmo o melhor e o máximo. Quanto mais for assim e, por conseguinte, mais encontrar em si mesmo as fontes dos seus deleites, tanto mais será feliz. Com o maior dos acertos, diz Aristóteles: A felicidade pertence aos que se bastam a si próprios. Pois todas as fontes externas de felicidade e deleite são, segundo a sua natureza, extremamente inseguras, precárias, passageiras e submetidas ao acaso; podem, portanto, estancar com facilidade, mesmo sob as mais favoráveis circunstâncias; isso é inevitável, visto que não podem estar sempre à mão.
Na velhice, então, quase todos se esgotam necessariamente, pois abandonam-nos o amor, o gracejo, o prazer das viagens, o prazer da equitação e a propensão para a sociedade. Até os amigos e parentes nos são levados pela morte. É quando, mais do que nunca, importa saber o que alguém tem em si mesmo. Pois isso se conservará por mais tempo. Mas também em cada idade isso é e permanece a única fonte genuína e duradoura da felicidade. Em qualquer parte do mundo, não há muito a buscar: a miséria e a dor preenchem-no, e aqueles que lhes escaparam são espreitados em todos os cantos pelo tédio. Além do mais, via de regra, impera no mundo a malvadez, e a insensatez fala mais alto. O destino é cruel e os homens são deploráveis. Num mundo com tal índole, aquele que tem muito em si mesmo assemelha-se ao iluminado recanto de Natal, aquecido e aprazível no meio da neve e do gelo da noite de dezembro. Por conseguinte, ter uma individualidade meritória e rica e, em especial, muita inteligência, é sem dúvida a sorte mais feliz sobre a terra, por mais diversa que possa ser da sorte mais brilhante.Arthur Schopenhauer, em 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'
P.S: Post especial para Rose, minha fiel leitora *-*
O livro “Budapeste” de Chico Buarque mostra muitos aspectos de um homem que vive segundo seus impulsos, seu personagem José Costa (Zsozé Kósta, em húngaro) é um ghost-writer - um tipo de escritor que escreve para que outros assinem como artigos de jornal, discursos de autoridades, etc. - que tem sua empresa especializada em fornecer tais textos aos clientes, casado com Vanda, uma famosa jornalista, com quem teve um filho num momento que estava despojado de amor próprio. Entre crises em seu casamento faz uma viagem para um congresso de ghost-writer em Istambul, mas por causa de alguns contratempos acaba em Budapeste, gostou tanto da cidade que resolveu voltar é onde então conhece Kriska, com quem logo começa a se relacionar, porém volta ao Rio de Janeiro, onde procura por Vanda que está feliz com seu novo emprego num telejornal. José Costa é um homem impulsivo que perde o rumo da vida, e se encontra dividido entre o amor de duas mulheres, entre duas nações distintas, entre duas línguas diferentes. Chico trabalha com um interessante jogo no tempo e na mente, onde presente e futuro se confundem e devaneios e realidade se misturam, com um requinte que só o autor possui, brinca com a língua húngara e portuguesa.
Algo que me chamou muito a atenção é a essência do personagem José Costa, que sem saber ao certo o que deseja do futuro, acaba jogando fora tudo o que possui no presente.
Budapeste foi o quarto livro escrito pelo cantor, compositor, poeta, contista e romancista Chico Buarque de Holanda.
Em 2009, Budapeste chega aos cinemas pelas mãos de Walter Carvalho, traz em seu elenco atores como Giovanna Antonelli, Leonardo Medeiros e a húngara Gabriela Hámori, com locações no Rio e em Budapeste.
Confira o trailer do filme:
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Fonte: Fundação Curro Velho e Casa da Linguagem |
Eu acrescento mais um tipo de solidão: a solidão em que você, mesmo vivendo em um grupo social, de amigos, familiares, etc. ainda a sente.
Mas será que a solidão é tão ruim assim, que todos temos medo dela?
Quem nunca sentiu medo de não se casar e envelhecer sozinho?
Quem no momento de desespero queria estar com alguém?
Quero mostrar a você o lado negativo e o lado positivo da solidão – acredite, ele existe. Sei que é difícil ver algo positivo quando se está em seu quarto vazio na madrugada, querendo alguém para se trocar algumas palavras, não encontrando fica falando a si mesmo que um dia essa solidão vai acabar, mas também existem horas que tudo o que você quer é estar sozinho, vivendo o que você sempre sonhou sem a interferência de alguém.
A solidão é repleta de uma beleza que muitas vezes nos hipnotiza e ao mesmo tempo nos faz sofrer, convido você a comigo percorrer entre o fascínio e o temor que a solidão nos traz.
Encontrando a nós mesmos
Viver é nosso maior desafio, no presente século, onde todos estão querendo ser o melhor, ser reconhecido por seus feitos; as pessoas hoje em dia vivem mais para si mesmo do que para qualquer outra coisa, vivem numa correria frenética, tentando ser mais rápidas que o tempo, sempre buscando realizações pessoais, esquecem de sentar a beira do mar para ouvir o som de suas ondas, de sentarem para conversar, ate mesmo de abraçar.
Durante muito tempo vivi uma busca frenética por amigos, na verdade o que eu queria era desesperadamente fugir da solidão, mas ela continuava sendo a minha fiel companheira, podia rir com meus amigos, mas ela não ia embora, era persistente demais para eu resistir a ela.
Um dia uma amiga me disse uma frase que mudou a minha vida e a minha opinião sobre a solidão: “A conversa enriquece o conhecimento, mas a solidão é a escola do sábio”, não sei quem disse essa frase ou a escreveu só sei que desde que ela a citou para mim, vivo ela cada dia, assim eu consigo viver em paz com a solidão.
Comecei a refletir sobre se o que ela dizia era a verdade.
É na solidão que encontramos o nosso “eu”, é ela que nos ensina a dar mais atenção a nós mesmos, a escutar as nossas vozes interiores, e o principal é ela quem nos ajuda nas decisões difíceis que temos que enfrentar na caminhada de nossa vida.
A busca pelo nosso “eu”, pelo quem nós somos de verdade, começa com a solidão, discorre com ela e termina nela.
Quando eu descobri isso, vi que a solidão, não era a raiz do male da depressão e sim uma ajuda para sair dela.
Ábia Costa