Eu acrescento mais um tipo de solidão: a solidão em que você, mesmo vivendo em um grupo social, de amigos, familiares, etc. ainda a sente.
Mas será que a solidão é tão ruim assim, que todos temos medo dela?
Quem nunca sentiu medo de não se casar e envelhecer sozinho?
Quem no momento de desespero queria estar com alguém?
Quero mostrar a você o lado negativo e o lado positivo da solidão – acredite, ele existe. Sei que é difícil ver algo positivo quando se está em seu quarto vazio na madrugada, querendo alguém para se trocar algumas palavras, não encontrando fica falando a si mesmo que um dia essa solidão vai acabar, mas também existem horas que tudo o que você quer é estar sozinho, vivendo o que você sempre sonhou sem a interferência de alguém.
A solidão é repleta de uma beleza que muitas vezes nos hipnotiza e ao mesmo tempo nos faz sofrer, convido você a comigo percorrer entre o fascínio e o temor que a solidão nos traz.
Encontrando a nós mesmos
Viver é nosso maior desafio, no presente século, onde todos estão querendo ser o melhor, ser reconhecido por seus feitos; as pessoas hoje em dia vivem mais para si mesmo do que para qualquer outra coisa, vivem numa correria frenética, tentando ser mais rápidas que o tempo, sempre buscando realizações pessoais, esquecem de sentar a beira do mar para ouvir o som de suas ondas, de sentarem para conversar, ate mesmo de abraçar.
Durante muito tempo vivi uma busca frenética por amigos, na verdade o que eu queria era desesperadamente fugir da solidão, mas ela continuava sendo a minha fiel companheira, podia rir com meus amigos, mas ela não ia embora, era persistente demais para eu resistir a ela.
Um dia uma amiga me disse uma frase que mudou a minha vida e a minha opinião sobre a solidão: “A conversa enriquece o conhecimento, mas a solidão é a escola do sábio”, não sei quem disse essa frase ou a escreveu só sei que desde que ela a citou para mim, vivo ela cada dia, assim eu consigo viver em paz com a solidão.
Comecei a refletir sobre se o que ela dizia era a verdade.
É na solidão que encontramos o nosso “eu”, é ela que nos ensina a dar mais atenção a nós mesmos, a escutar as nossas vozes interiores, e o principal é ela quem nos ajuda nas decisões difíceis que temos que enfrentar na caminhada de nossa vida.
A busca pelo nosso “eu”, pelo quem nós somos de verdade, começa com a solidão, discorre com ela e termina nela.
Quando eu descobri isso, vi que a solidão, não era a raiz do male da depressão e sim uma ajuda para sair dela.
Ábia Costa
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