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10 de agosto de 2011

Nação Jurunense, a minha nação


Faz seis anos que me mudei do bairro do jurunas, um dos bairros mais populosos de Belém do Pará, mas é engraçado como cada vez que volto, ainda sinto aquele cheiro de lar, de aconchego, o bairro parece nunca mudar, ali eu nasci e cresci, morei até os meus 19 anos, ali tive meu primeiro beijo, meu primeiro namorado, minha primeira escola, ali aprendi a andar, a falar, por aquelas ruas eu corri, eu amei, eu vivi. Como esquecer um dos bairros mais importantes da minha Belém?!

O Jurunas é considerado um dos bairros com maior valor cultural da cidade, com seu Rancho – Não posso me amofiná, a escola de samba mais vitoriosa da cidade que teve em seus desfiles por vários anos, nomes famosos como o de Fafá de Belém e com suas cores azul, amarelo e vermelho, enche o bairro com sua alegria.

As pessoas que moram ali, ou as que nasceram e foram criadas ali, como é o meu caso, se sentem tão ligadas ao bairro, que criaram uma identidade própria, a Nação Jurunense como é conhecida é formada por pessoas simples que acima de tudo gostam de morar ali.

O bairro é tão rico culturalmente que já foi alvo de pesquisa da Professora e pesquisadora do Laboratório de Antropologia da Universidade Federal do Pará Carmem Izabel Rodrigues, que lançou um livro chamado “Vem do bairro do Jurunas” em que mostra o cotidiano da conhecida nação jurunense, como resultado de sua tese de doutorado.

Apesar de já não morar mais no bairro, ainda me considero jurunense, e é por isso que coloco aqui minha pequena homenagem ao bairro que testemunhou boa parte da minha história, mesmo tendo problemas o Jurunas é um bairro bom de viver.

             Diário do Pará
             Janela Cultural

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