Faz seis anos que me
mudei do bairro do jurunas, um dos bairros mais populosos de Belém do Pará, mas
é engraçado como cada vez que volto, ainda sinto aquele cheiro de lar, de
aconchego, o bairro parece nunca mudar, ali eu nasci e cresci, morei até os
meus 19 anos, ali tive meu primeiro beijo, meu primeiro namorado, minha
primeira escola, ali aprendi a andar, a falar, por aquelas ruas eu corri, eu
amei, eu vivi. Como esquecer um dos bairros mais importantes da minha Belém?!
O Jurunas é considerado
um dos bairros com maior valor cultural da cidade, com seu Rancho – Não posso me amofiná, a escola de samba mais vitoriosa da cidade que teve em seus
desfiles por vários anos, nomes famosos como o de Fafá de Belém e com suas
cores azul, amarelo e vermelho, enche o bairro com sua alegria.
As pessoas que moram
ali, ou as que nasceram e foram criadas ali, como é o meu caso, se sentem tão
ligadas ao bairro, que criaram uma identidade própria, a Nação Jurunense como é
conhecida é formada por pessoas simples que acima de tudo gostam de morar ali.
O bairro é tão rico
culturalmente que já foi alvo de pesquisa da Professora e pesquisadora do
Laboratório de Antropologia da Universidade Federal do Pará Carmem Izabel
Rodrigues, que lançou um livro chamado “Vem do bairro do Jurunas” em que mostra
o cotidiano da conhecida nação jurunense, como resultado de sua tese de
doutorado.
Apesar de já não morar
mais no bairro, ainda me considero jurunense, e é por isso que coloco aqui
minha pequena homenagem ao bairro que testemunhou boa parte da minha história,
mesmo tendo problemas o Jurunas é um bairro bom de viver.
Fonte: Correio Jurunense
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