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23 de agosto de 2011

Exposição "Traços Locais - 1ª edição"



A exposição "Traços Locais - 1ª edição", dos artistas visuais paraenses Armando Sobral e Marcone Moreira, um projeto de composição de acervo da produção de arte contemporânea local, terá abertura hoje, às 19h, e segue até o dia 30 de setembro, no Museu da Universidade Federal do Pará (UFPA).
A primeira edição de "Traços Locais" traz pinturas, gravuras e objetos em exposição. Armando apresenta um conjunto de 35 gravuras, que cobre seus 20 anos dedicados à arte contemporânea. E Marcone leva ao Museu um objeto de madeira, uma pintura, um desenho e quatro gravuras. O acervo apresentado será automaticamente doado.
Além dos trabalhos doados, Marcone Moreira vai mostrar os bastidores de seu trabalho. "São nove cadernos, com projetos, rascunhos e experimentos. É uma forma de mostrar os caminhos que passamos, desde a ideia inicial até o produto final", comenta o artista plástico.
Criado em 1983 com a missão de abrigar a arte contemporânea, o Museu vem formando seu acervo com as dificuldades inerentes aos organismos públicos de cultura. "Para o artista é de fundamental importância ter sua obra representada e resguardada num museu e saber que elas marcam o seu tempo, sua fluidez e poderão ser observadas por outras gerações. É necessário preservar a memória social e cultural do artista", comenta Armando Sobral. Ele completa, ainda: "vou deixar pra minha cidade meu tempo e meu lugar", pontua.
"Traços Locais" pretende implantar um projeto anual em que artistas locais ou nacionais, apresentem sua produção recente e proponham doações de obras representativas de sua trajetória para compor o acervo do Museu da UFPA.
Fonte: Amazônia Jornal




Museu da Universidade Federal do Pará
Av. Governador José Malcher, 1192, Nazaré
Abertura 18 de agosto, às 19h
Período: 24/11 até 14 de janeiro de 2011
Visitação: 19/08 a 30/09, das 9h às 17h
Sábados, domingos e feriados: de 10h às 14h
Informações: 55 91 3224-0871 / 3242-8340



Fonte: Portal Cultura Pará

19 de agosto de 2011

1º Clic - Culturas, Linguagens e Interfaces Contemporâneas.

E acontece em Belém o 1º CLIC – Culturas, Linguagens e Interfaces Contemporâneas, encontro para se observar e discutir temas, fronteiras e processos nos mais diversos campos, como o das ciências sociais, da comunicação, das artes, filosofia e história.



Inscrições: AQUI 
Mais informações visite: Portal Clic
Twitter: @Clic_News

Vinheta do 1º Clic




18 de agosto de 2011

Legado, Trajetória e Dedicação, são os temas do XXIV Festival Internacional de Música do Pará



Com o tema “Legado, Trajetória, Dedicação” o XXIV Festival Internacional de Música do Pará será realizado excepcionalmente no período de 21 a 28 de agosto e homenageará três importantes nomes, que muito fizeram pela educação e cultura musical, e tinham estreita ligação com a Fundação Carlos Gomes e com o próprio festival de música, promovido anualmente: Almeida Prado, Radegundis Feitosa e Guilhermina Nasser, falecidos em 2010.
Pianista e compositor, Almeida Prado acumulou mais de 400 obras em 58 anos de carreira coroada de prêmios.  Integrava a Academia Brasileira de Música e sua obra para piano ou escrita sinfônica era considerada uma das mais importantes produções da segunda metade do século XX. O Festival Internacional de Música do Pará teve a honra, em diversos momentos, de mostrar sua obra em primeiras audições.
Considerado um dos maiores do mundo e o maior trombonista brasileiro, Radegundis Feitosa foi um ativista pelo coletivismo artístico e criou vários grupos e corais de trombone. Era Chefe do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba e professor do Curso de Bacharelado em Música da Uepa, em convênio com a FCG, e participou várias vezes do Festival Internacional integrando o Sexteto Brassil e orquestras do festival. Destacado intérprete e grande educador, deixou um legado de jovens músicos formados sob a sua competência.
A Professora Guilhermina Nasser pontuou sua passagem pela história da música no Pará com uma trajetória marcante iniciada com os estudos de piano no Conservatório Carlos Gomes e estudando com Magdalena Tagliaferro, no Rio de Janeiro. Pianista sofisticada foi durante anos diretora do Theatro da Paz e da instituição onde começou seu aprendizado, sendo professora de piano durante três décadas. O Festival acontece em diversos espaços culturais da cidade, e os recitais acontecerão na Catedral Metropolitana, Igreja de Santo Alexandre, Sala Ettore Bósio, Teatro Waldemar Henrique e Complexo São José Liberto. Todos os eventos terão entrada franca.


Maria Christina - Ascom FCG

Programação: AQUI
Twitter: @carlosgomes_pa

Haverá transmissão ao vivo:
TV CULTURA - CANAL 2


17 de agosto de 2011

Porque sou CONTRA a divisão do Pará

Sou apaixonada pela minha terra, pela minha gente, pela nossa cultura e culinária tão singulares. E agora querem roubar nossa identidade, alguns dos políticos que são à favor da divisão do estado, falam que o oeste e sul não se sentem parte do Pará por ter uma cultura diferenciada, se for esse um dos argumentos que nos levem a isso, gostaria de propôr que dividissem o Brasil, pois também não me sinto brasileira, jogada aqui no norte, esquecida pelo governo que só se lembra da Amazônia quando querem explorar e lucrar com nossos recursos naturais.
Como alguns sabem, sou militante do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU, e deixo com vocês uma carta do meu partido com relação à divisão. 




PSTU-PA divulga nota contra a divisão do Pará 

'Não é o tamanho do estado o que determina o seu grau de desenvolvimento humano, social e a competência administrativa de seus gestores, mas sim qual classe governa, com quais instrumentos e com qual programa.'

• Diga não à divisão do Pará. Queremos o Pará para os trabalhadores!
Foi aprovada no Congresso Nacional a realização de um plebiscito para decidir sobre a divisão do Pará em 3 estados. Nós, do PSTU, somos contrários à divisão do estado e chamamos os trabalhadores paraenses, de todas as suas regiões, a votarem contra a divisão.

Respeitamos e concordamos com a opinião e o sentimento dos trabalhadores de todo o estado do Pará, em particular das regiões sul, sudeste e oeste em relação à incompetência do governo do estado em garantir emprego, terra, saúde, educação e saneamento para todos. O descaso dos governantes com a maioria da população do nosso estado é histórica. Não é à toa que amargamos os piores índices de desenvolvimento social do país: quase metade da população vivendo na linha da pobreza, caos na saúde e na educação, violência no campo, reforma agrária que não anda, falta de saneamento básico e destruição do meio-ambiente.

No entanto, essa é uma realidade para a maioria dos trabalhadores de todo o Estado do Pará e não só os das regiões sul, sudeste e oeste do Estado. Não é o tamanho do estado o que determina o seu grau de desenvolvimento humano, social e a competência administrativa de seus gestores, mas sim qual classe governa, com quais instrumentos e com qual programa.

Quem manda em nosso estado são as multinacionais, como a Vale e a Cargil, e um punhado de latifundiários e mega-empresários que controlam não só as riquezas de nosso estado (terras, fábricas, meios produtivos), mas o próprio estado através dos principais partidos como o PSDB, o PMDB e o PT que se revezam no poder e nada muda em nossa vida. Simão Jatene, assim como foi com Ana Júlia e Jáder Barbalho, governa para os ricos.

Enquanto as nossas riquezas estiverem nas mãos de um punhado de capitalistas, não importa o tamanho do estado, a pobreza, a miséria e a violência continuarão imperando. Só com a reforma agrária, a estatização sob controle dos trabalhadores de nossas riquezas e empresas privatizadas, como a Vale a Celpa, e um programa de governo discutido e encaminhado sob controle dos trabalhadores através de seus organismos de poder, e não de uma Assembleia Lesgislativa corrupta, é que teremos a solução para os principais problemas que afligem nossa classe. Só um governo socialista dos trabalhadores poderá romper com a Lei Kandir e com a Lei de Responsabilidade Fiscal que impedem que o estado cumpra seu papel de garantir educação e saúde de qualidade e salário digno para todos. 

Proposta dos latifundiários e multinacionais
A divisão do estado é uma proposta dos latifundiários e das multinacionais que controlam o campo paraense. Só quem vai se beneficiar com essa cisão são os políticos corruptos como Giovanni Queiroz (PDT), Asdrúbal Bentes (PMDB) e Lira Maia (DEM) que já são verdadeiros “coronéis” em suas regiões, mas que querem mais aparato estatal para explorar com mais voracidade nossas riquezas, os trabalhadores da região e o meio-ambiente. Ao contrário, do que se pensa, a divisão do estado irá aprofundar a miséria e o caos no interior do Estado, pois a maior parte do orçamento dos possíveis estados de Carajás e Tapajós será, caso seja aprovada a divisão, para garantir a própria máquina administrativa desses estados (a criação do poder Executivo, Legislativo e Judiciário). 

Segundo estudo do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), caso cheguem a ser criados, os estados de Carajás e Tapajós dependerão de ajuda federal para arcar com as novas estruturas de administração pública que precisarão ser instaladas. Tapajós e Carajás teriam, respectivamente, um custo de manutenção de R$ 2,2 bilhões e R$ 2,9 bilhões ao ano. Diante da arrecadação projetada para os dois estados, os custos resultariam num déficit de R$ 2,16 bilhões, somando ambos, a ser coberto pelo governo federal. O IPEA ressalta em sua análise que o PIB do Pará em 2008 foi de R$ 58,52 bilhões, e o estado gastou 16% disso com a manutenção da máquina pública. Para o mesmo, o Estado do Tapajós gastaria cerca de 51% do seu PIB e o de Carajás, 23%. A média nacional é de 12,72%. Segundo o parecer desse estudo, “nessas bases, não tem estado que se sustente”. 

Os mais prejudicados com a divisão do Estado serão os trabalhadores, de todas as regiões do Estado, pois faltarão verbas para sãs áreas sociais que serão consumidas pelos políticos corruptos da região. Se o tamanho do Estado fosse sinônimo de elevados índices de desenvolvimento social e de competência administrativa, Estados como Alagoas e Sergipe, por exemplo, deveriam ser exemplos em âmbito nacional de atendimento às necessidades dos trabalhadores. E a realidade não é essa. 

Por outro lado, não basta somente votar contra a divisão no plebiscito. É preciso organizar a luta da classe trabalhadora pelo controle de suas riquezas. Chamamos os movimentos sociais, os partidos de esquerda e os trabalhadores em geral para organizarmos uma grande campanha em defesa de nossas riquezas, começando pela campanha “O minério tem que ser nosso”. Precisamos acabar com a sangria de nossas riquezas feita pela Vale. Vamos à luta pelo aumento dos royalties da mineração rumo à reestatização sob controle dos trabalhadores dessa empresa que controla parte significativa de nossas riquezas. 

  • Não à divisão do Pará! 
  • Queremos o Pará unido para os trabalhadores!
  • O minério tem que ser nosso! Pelo aumento dos royalties da mineração de 2% para 10% rumo à reestatização da Vale!
  • Reestatização sob controle dos trabalhadores da CELPA e das multinacionais que exploram nossas riquezas!
  • Reforma Agrária já!
  • Por um governo socialista dos trabalhadores! 





  • Dia 21/08, Marcha CONTRA a divisão do Pará, às 9hs, concentração na Praça dos Estivadores

    16 de agosto de 2011

    Diálogos Cineclubistas


    Mais informações:


    12 de agosto de 2011

    Para alguém especial.

    E hoje é aniversário de uma das pessoas mais especiais da minha vida; o Dimas ou o @fdoliver como é conhecido por alguns, por isso vou postar em sua homenagem uma poesia de sua autoria e uma das minhas favoritas. 
    Dimas, adoro você meu amigo =*


    O Bebê Destroçado
    Por Dimas Oliver


    A nova alma em carne suja
    vindoura de um choro de lamento
    não diria amar sua mãe
    não diria amar ninguém

    Ela tem fendas escuras
    em seus olhos, em cada aspecto de sua pele
    uma pele escamosa e esbranquiçada
    Não amaria sua mãe e não amaria ninguém

    Seria exposta como um milagre de seu próprio Deus sorridente em luxúria
    o bebê morto das mãos da luz do espelho do Paraíso
    Não choraria por sua mãe
    Não choraria por ninguém

    Sua boca, seria costurada
    Seus lábios muito cinzentos, seriam o esmorecer da solidão jamais sentida
    Sua virgem de Trevas rezaria um cântico de sangue e fé
    Sua fé seria a própria sinceridade dos desesperados

    O bebê estenderia suas mãozinhas muito tímidas,
    se mãos tivesse
    E forçaria um sorriso doce e gentil
    Se seus lábios não fossem costurados em um esgar débil típico do Éden

    A criança se pudesse, cresceria
    e cometeria o pecado original repetidas vezes
    Caminharia, se pés tivesse
    Sobre uma estrada asfaltada por corpos lânguidos e sussurantes por acalento

    Como homem usurparia o trono daqueles que se julgam justos
    Lutaria uma luta sem vitoriosos
    apenas pelo prazer do fim 
    Esse seria seu desejo

    Se sentimentos ele tivesse...
    Se crescer ele pudesse.



    Blog: Sinfonias do Abismo

    Festival Cine Periferia Pai D'égua



    Primeira edição do Festival idealizado pela ONG Crias do Futuro em parceria com a Central Única das Favelas – CUFA, tem patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi futuro
       A 1ª edição do Cine Periferia Pai D’Égua já está com as inscrições abertas para receber obras audiovisuais independentes nos formatos de vídeo-minuto, curta, média e longa-metragem. Os selecionados farão parte da mostra de cinema idealizada pela ONG Crias do Futuro, em parceria com a Central Única das Favelas – CUFA. O objetivo é incentivar e fomentar a cultura de periferia, por meio da produção de filmes assinadas por jovens moradores de comunidades periféricas da capital paraense e nacional. Selecionado em 2010 pelo Programa Oi de Patrocínios Incentivados, o projeto vai oferecer ainda oficinas e palestras para os jovens interessados em produzir suas obras.  As inscrições estão abertas até o dia 07 de agosto de 2011.
       O Cine Periferia Pai D’égua acontecerá de 06 a 11 de setembro, no Cine Olympia, em Belém. Os filmes selecionados concorrerão a troféus nas categorias de melhor direção, roteiro, vídeo minuto, curta, média e longa-metragem de ficção ou documentário. É uma proposta inédita e singular na difusão e fomento de filmes produzidos nas periferias brasileiras, contribuindo para a formação de platéia e democratização do acesso da população aos filmes considerados alternativos e independentes. “Mais do que uma mostra, o Cine Periferia Pai D’égua é um espaço exibidor que acompanha e registra a atual evolução da linguagem cinematográfica vinda da periferia”, conta Aline Machado, coordenadora do projeto.
    As obras inscritas deverão obedecer certas regras, estabelecidas no regulamento, como não conter conteúdos com apologia ou incitação ao uso de drogas de qualquer espécie, ao racismo, a homofobia, a violência sexual ou qualquer outra forma de violência e\ou qualquer tipo de discriminação. As produções também devem cumprir o objetivo do evento: exibir filmes vindos da periferia, de forma a retratá-la. Mais informações sobre o regulamento e inscrições no endereço eletrônicohttp://cineperiferiapaidegua.blogspot.com ou pelos e-mails cineperiferiapaidegua@yahoo.com.br ecintialuna.cufa.pa@gmail.com.
      Após o evento, os filmes selecionados para a mostra percorrerão espaços alternativos de exibição por toda a região metropolitana de Belém, na ação denominada Cine Periferia Itinerante.
      O Crias do Futuro e a Central Única das Favelas - CUFA PA nasceram no ano de 2008 na cidade de Belém, trazendo como missão desenvolver projetos, que contribuam para o desenvolvimento social e cultural de crianças e jovens de comunidades periféricas em situação de risco social. Promover, incentivar e fomentar ações culturais, sociais, educacionais, esportivas e de promoção da cidadania, são ferramentas de construção de novas alternativas de inclusão, reconstrução de valores e do desenvolvimento humano.
    Este projeto conta com o patrocínio da Oi, Semear e Governo do Pará e com o apoio cultural do Oi Futuro e Fundação Cultural Tancredo Neves.Assessoria de Comunicação - Cíntia Luna

    Mais informações:
    http://cufapara.blogspot.com/

    11 de agosto de 2011

    A poesia prevalece!


    O Teatro Mágico lança seu terceiro CD e continua a encantar o publico



    Surge em 2003 uma nova proposta no cenário musical brasileiro, uma gente diferente para um publico diferenciado, queriam misturar teatro, música, circo, poesia “tudo numa coisa só” e disponibilizar tudo gratuitamente, deu certo; assim surgiu O Teatro Mágico, comandado por Fernando Anitelli.

    A banda chega ao seu terceiro cd “A sociedade do espetáculo” com grandes expectativas, Anitelli explica que este cd trás músicas com colaboração dos fãs “Tem música escrita com twitteiros e twitteiras, que se chama ‘O que se perde enquanto os olhos piscam’” afirma
    Este álbum também vem completar a trilogia d’O Teatro , com “Entrada para os raros”, “Segundo ato” e agora “A sociedade do espetáculo”, todos disponíveis gratuitamente  pelo site do Trama Virtual.


    Fernando Anitelli, também fala sobre as mudanças musicais neste novo cd - Era necessária uma mudança não só na parte instrumental, mas também nas letras. Eu resolvi buscar palavras que eu nunca tinha usado, de uma forma que continuasse com a poesia, a parte singela, mas diferente. De uma hora para outra aquilo que eu fazia antes parecia uma cartilha de pré-primário. O Daniel [Santiago] me ajudou nesse processo de organizar melhor as ideias.- explica

    E assim O Teatro Mágico continua com sua turnê de shows pelo Brasil, com grande publico e muita poesia, afinal “a poesia prevalece”

    O CD será lançado em 06/09, mas você já pode conferir uma amostra do que vem por ai
    Da Entrega






    Fontes: Jornal União
                Portal R7
                O Teatro Mágico

    10 de agosto de 2011

    Nação Jurunense, a minha nação


    Faz seis anos que me mudei do bairro do jurunas, um dos bairros mais populosos de Belém do Pará, mas é engraçado como cada vez que volto, ainda sinto aquele cheiro de lar, de aconchego, o bairro parece nunca mudar, ali eu nasci e cresci, morei até os meus 19 anos, ali tive meu primeiro beijo, meu primeiro namorado, minha primeira escola, ali aprendi a andar, a falar, por aquelas ruas eu corri, eu amei, eu vivi. Como esquecer um dos bairros mais importantes da minha Belém?!

    O Jurunas é considerado um dos bairros com maior valor cultural da cidade, com seu Rancho – Não posso me amofiná, a escola de samba mais vitoriosa da cidade que teve em seus desfiles por vários anos, nomes famosos como o de Fafá de Belém e com suas cores azul, amarelo e vermelho, enche o bairro com sua alegria.

    As pessoas que moram ali, ou as que nasceram e foram criadas ali, como é o meu caso, se sentem tão ligadas ao bairro, que criaram uma identidade própria, a Nação Jurunense como é conhecida é formada por pessoas simples que acima de tudo gostam de morar ali.

    O bairro é tão rico culturalmente que já foi alvo de pesquisa da Professora e pesquisadora do Laboratório de Antropologia da Universidade Federal do Pará Carmem Izabel Rodrigues, que lançou um livro chamado “Vem do bairro do Jurunas” em que mostra o cotidiano da conhecida nação jurunense, como resultado de sua tese de doutorado.

    Apesar de já não morar mais no bairro, ainda me considero jurunense, e é por isso que coloco aqui minha pequena homenagem ao bairro que testemunhou boa parte da minha história, mesmo tendo problemas o Jurunas é um bairro bom de viver.

                 Diário do Pará
                 Janela Cultural

    Nova programação da Casa da Atriz, conta com apresentação da Cia Avuados do Palco

    Imagine tirar os móveis da sala e transformar sua casa em um teatro? É assim que vive, desde abril do ano passado, a família de Yeyé Porto, que ao lado do marido Paulo Porto realiza o projeto “A Casa da Atriz”. O espaço é intimista, cabem no máximo 25 pessoas por sessão, e conta com programações diversas, como leituras dramáticas, espetáculos e o ousado projeto “Curta a Cena”, onde não se cobra ingresso e o público paga quanto quiser. Neste mês de agosto, o espaço retorna das férias com oficinas e novas programações.


    No próximo dia 9, inicia a oficina de Leituras Dramáticas com o ator, diretor e dramaturgo Hudson Andrade. O curso é direcionado ao público em geral, não apenas aos que já têm experiência em teatro. Os alunos discutirão as origens da linguagem falada e escrita, a supremacia e o abandono do texto. Exercícios e atividades que coordenem tempo, ritmo e dicção fazem parte da oficina, que inclui também noções de percussão, para ajudar no aspecto rítmico do corpo e da fala. A oficina resultará em uma leitura dramática de textos do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu, nos dias 29 e 30 de setembro.

    A programação de agosto conta ainda com o espetáculo “Em algum lugar de mim”, da Companhia Avuados de Teatro, com direção de Mailson Soares, e a leitura dramática “Seis personagens a procura de um autor”, texto de Luigi Pirandello, sob direção de Hudson Andrade.

    Em um ano e meio, a Casa da Atriz já recebeu mais de 1.600 visitantes. O lugar é um espaço alternativo de teatro, pois foge dos dias tradicionais de programação, tornando-se uma opção para o público que busca programas teatrais numa quarta-feira, por exemplo.

    Para Paulo Porto, o sucesso do projeto é uma realização pessoal. “Começamos do zero e acreditamos desde o início nessa ideia. É a realização de um sonho para toda a família ter um espaço para discutir teatro”, diz.

    E quanto à transformação da casa em palco, Paulo também não tem o que reclamar. “Não tem problema tirar os móveis da sala, acordar e dormir no teatro. Estamos fazendo o que amamos e com o público ao nosso lado”, conta.


    Programação

    Agosto

    Oficina de leitura dramática com Hudson Andrade. Dias 9, 11, 16, 18, 23, 25 e 30 (continua em setembro)
    Horário: 19h30 às 22h. Investimento: R$ 100.
    Material apostilado, certificado e resultado ao público

    Espetáculo “Em Algum Lugar de Mim” com a Companhia Avuados de Teatro
    Direção de Maílson Soares
    Dias 15, 22 e 29
    Horário: 20h
    Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

    Leitura Dramática de “Seis Personagens à Procura de um Autor”, de Luigi Pirandello
    Direção: Hudson Andrade
    Dias 27 e 28
    Horário: 20h
    Entrada franca

    Setembro

    Oficina de leitura dramática com Hudson Andrade.
    Dias 1, 6, 8, 13, 15, 20, 22 e 27
    Horário: 19h30 às 22h
    Investimento: R$ 100
    Material apostilado, certificado e resultado ao público

    Curta a Cena: Da Calçada pro Quintal
    Direção: Yeyé Porto
    Dias 24, 25 e 26
    Horário: 20h
    Público assiste e paga quanto quiser

    Leitura Dramática: resultado da oficina, com texto de Caio Fernando Abreu
    Direção: Hudson Andrade
    Dias 29 e 30
    Horário: 20h
    Entrada franca

    ONDE FICA

    A Casa da Atriz: Rua Oliveira Belo, 95, entre Generalíssimo e Dom Romualdo de Seixas. Informações: 8127-6366.

    9 de agosto de 2011

    Sobre o Terruá Pará


    Para melhor visualização

    Fonte²: O Liberal

    Arte Pará 2011 - ano trinta



    A Fundação Romulo Maiorana promove, anualmente, o Arte Pará, iniciativa que visa reunir tendências observadas no campo das artes visuais. O evento também debate questões estéticas contemporâneas, possibilitando intercâmbio entre regiões e artistas brasileiros. O Arte Pará também se constitui num processo que se integra à educação pública da Região Metropolitana de Belém e dos municípios vizinhos.
    Inscrições
    De 1.º de julho a 30 de agosto de 2011. Cada artista terá direito a uma inscrição individual, podendo, ainda, participar em projeto coletivo
    Premiação
    A premiação será realizada por uma comissão composta por no mínimo 5 (cinco) membros nos dias 9 e 10 de setembro de 2011. O Arte Pará 2011 - 30 anos conferirá prêmios no valor líquido total de R$80 mil (oitenta mil reais), distribuidos da seguinte forma:
    . R$ 12.000,00 (doze mil reais) - Primeiro Grande Prêmio
    . R$ 8.000,00 (oito mil reais) - Segundo Grande Prêmio
    . R$ 15.000,00 (quinze mil reais) - Em Prêmio Aquisição
    . R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) para cada um dos 30 artistas selecionados, totalizando R$45.000,00 (quarenta e cinco mil reais)
    Seleção
    A Comissão de seleção do Arte Pará 2011- 30 anos selecionará 30 (trinta) artistas, devendo cada selecionado receber um prêmio no valor de R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos Reais) para a produção de trabalho e ou despesas decorrentes da participação.
    Cronograma
    Inscrição de artistas: 01 /07 à 30/08/2011
    Seleção e Premiação: 09 e 10/09/2011
    Comunicado Seleção: 11/09/2011
    Abertura da Mostra: 06/10/2011
    Encerramento: 06/12/2011
    Fonte: Portal ODM

    Orquestra Brasileira de Belém


    Em apresentação inédita, integrantes do TIM Música nas Escolas mostram o repertório do primeiro CD em concerto


    A Orquestra Brasileira de Belém, do projeto TIM Música nas Escolas, lança seu primeiro CD em um grande concerto no Teatro Maria Sylvia Nunes. O lançamento contará com a participação especial de Nilson Chaves, com a música Tambatajá, de Waldemar Henrique, e a cantora lírica Marianne Lima, no dia 10 de agosto.
    O álbum é um tributo à música popular brasileira e paraense, com canções de Billy Blanco, Euclides Farias, Pixinguinha, Sebastião Tapajós, Waldemar Henrique e Wilson Fonseca. Ao todo, serão interpretadas 12 músicas com adaptações feitas pelos maestro do projeto TIM Música nas Escolas.
    Segundo a maestrina Maria Antônia Jimenez, foi realizada uma ampla pesquisa ao longo dos setes anos do projeto TIM Música nas Escolas para a elaboração de um repertório, sempre priorizando os compositores paraenses. “O resultado é um álbum feito com muita qualidade e profissionalismo dos integrantes da orquestra, que conseguiram fazer uma bela homenagem à cultura brasileira.”, conta.
    Na apresentação do primeiro CD, os integrantes farão referência a um dos precursores da Bossa Nova, o cantor e compositor paraense Billy Blanco, com a música Se a Gente Grande Soubesse, interpretada pela orquestra desde sua desde sua formação.  Em 2008, os Pequenos Embaixadores da Paz, do TIM Música nas Escolas, gravaram a música, em uma participação especial no CD de Billy Blanco, que teve lançamento em uma grande noite no Teatro da Paz.



    Acordes da Transformação


    O TIM Música nas Escolas já beneficiou 20 mil alunos em 13 cidades brasileiras, utilizando como base de cada uma de suas iniciativas os preceitos de Cultura de Paz, revelando talentos e oferecendo aos jovens participantes a possibilidade de acesso a diferentes modos de aprendizagem e de atuação na sociedade.


    Teatro Maria Sylvia Nunes - Estação das Docas
    Av. Boulevard Castilho França, S/N - Campina.
    Dia 10 de agosto de 2011, às 20h

    Convites devem ser retirados na sede da TIM
    Av. Governador José Malcher, 2803 A
    Telefone: 55 91 3212-5525
    www.estacaodasdocas.com.br



    Entrada franca.


    Fonte: Cultura Pará

    Teatro do Oprimido e Teatro Legislativo


    O Teatro do Oprimido é teatro na acepção mais arcaica da palavra: todos os seres humanos são actores, porque agem, e espectadores, porque observam. Somos todos espect-actores. (…) Creio que o teatro deve trazer felicidade, deve ajudar-nos a conhecermos melhor a nós mesmos e ao nosso tempo. O nosso desejo é o de melhor conhecer o mundo que habitamos, para que possamos transformá-lo da melhor maneira. O teatro é uma forma de conhecimento e deve ser também um meio de transformar a sociedade. Pode nos ajudar a construir o futuro, em vez de mansamente esperarmos por ele.
    Augusto Boal, in Jogos para atores e não atores




    Teatro do Oprimido (TO) é uma metodologia de trabalho político, social e artístico e é um género teatral criado por Augusto Boal, encenador, dramaturgo e teatrólogo brasileiro. Bebendo as suas influências quer numa análise crítica sobre a evolução histórica do teatro, quer nos métodos pedagógicos de Paulo Freire, o TO propõe toda uma nova forma teatral que assenta na abolição da relação tradicional espectador/actor, para colocar no centro da prática dramática o espect-actor – não mais o espectador passivo, mas um interveniente na cena teatral. A base do TO é a exploração de situações de opressão e a valorização da capacidade criadora e criativa de todas as pessoas, em particular dos oprimidos. Isto acontece porque, depois do problema apresentado (uma pergunta ao público, sob a forma de teatro), os espect-actores podem substituir as personagens oprimidas e podem mudar a história, não apenas sugerindo como devia ser, mas actuando e confrontando-se com as outras personagens.



    No Teatro Legislativo, exploramos uma história concreta que exprime um problema. Identificam-se os conflitos que estão em jogo e os obstáculos à resolução da situação. Esses obstáculos podem ser variados: pode ser um comportamento individual ou colectivo, pode ser uma relação de poder e pode ser uma lei ou um conjunto de leis que impede as pessoas de acederem aos seus direitos ou que consagra uma relação injusta, de desigualdade, de opressão ou de exploração. O Teatro Legislativo é a utilização da metodologia do Teatro do Oprimido para mudar a lei, discutindo as alterações necessárias às leis que existem a partir de histórias concretas, mas também testando as formas de organização colectiva que são necessárias para construir uma relação de forças diferentes que imponha uma lei mais justa.


    Teatro Legislativo é uma forma de humanizar a política: quando temos pessoas concretas e com nome à nossa frente, sabemos que a violência, o desemprego, a discriminação, são marcas reais em corpos verdadeiros, e não apenas conceitos abstractos para discursos inflamados. O Teatro Oprimido – e, dentro dele, um projecto de Teatro Legislativo – é uma das formas possíveis de democratizar a política: ele não requer que as pessoas possuam qualquer linguagem técnica (o que muita gente chama por vezes da “linguagem dos políticos”) para se exprimirem. Ele impele as pessoas a falarem da sua vida através da sua própria presença – corpo, voz, movimento – e facilita por isso a expressão das pessoas num código que não as põe à partida em desvantagem, relegando-as para a categoria de “incompetentes políticos”, mas que as reconhece como as mais competentes na expressão da sua realidade. Por último, o Teatro do Oprimido (e, dentro dele, o Teatro Legislativo) é uma forma activa, entusiasmante e envolvente de discutir política porque despoleta o debate a partir da humanização da discussão e de uma história concreta. Desinstitucionaliza o debate político e abre novos espaços de conflito e de alternativas

    Do meu compromisso com Augusto Boal. (José Soeiro)
    Fonte: Estudantes por empréstimos

    8 de agosto de 2011

    Sobre a Arte


    Piotr Kropotkin



    De toda a parte nos chegam queixumes sobre a decadência da arte. Estamos longe, com efeito, dos grandes mestres da Renascença. A técnica da arte tem feito nestes últimos tempos progressos imensos; milhares de pessoas dotadas de um certo talento, cultivam todos os seus ramos; a arte, porém, parece fugir do mundo civilizado! A técnica progride, mas a inspiração freqüenta menos do que nunca os atelieres dos artistas.
    De onde ela há de vir, com efeito? Só uma grande idéia pode inspirar a arte. A arte, segundo o nosso ideal, sinônimo de criação, deve lançar as suas vistas para o novo mundo que desponta; mas, salvas algumas exceções, aliás raríssimas, o artista profissional fica sempre muito ignorante e muito burguês para entrever os novos horizontes.
    Esta inspiração não pode sair dos livros, nem tampouco a sociedade atual no-la pode dar. Para tê-la, é preciso procurá-la no seio da vida.
    Os Raphael e os Murillo pintavam numa época em que as solicitações de um ideal novo se acomodavam ainda às velhas tradições. Pintavam para decorar as grandes igrejas que representavam, na essência, a obra piedosa de muitas gerações. A basílica com o seu aspecto misterioso e a sua grandeza que a ligava à própria vida da cidade, continha em si a inspiração para o pintor. Era para um monumento popular que ele trabalhava; dirigia-se a uma multidão e em troca inspirava-se nela. Falava-lhe no mesmo sentido e com a mesma alma que palpitava nas naves, nos pilares, nos vitrais, nas estátuas e nos pórticos ornamentados. Hoje, a maior honra a que o pintor aspira, é ver a sua tela emoldurada em madeira dourada e suspensa na parede de um museu - uma espécie de loja de bric-à-brac - onde se verá como se vê no Prado a Ascensão de Murillo, ao lado do Mendigo de Vellasquez e dos Cães de Phillipe II. Pobre Vellasquez e pobre Murillo! Pobres estátuas gregas que viviam nas acrópoles das suas cidades e que abafam hoje sob as tapeçarias vermelhas do Louvre!
    Quando um escultor grego cinzelava o mármore, tentava fazer-lhe expressar o espírito e o coração da cidade. Todas as suas paixões, todas as suas tradições gloriosas deviam reviver na obra. Hoje, porém, a cidade una deixou de existir. Acabou-se a comunidade de idéias. A cidade não é mais do que uma aglomeração ocasional de indivíduos que não se conhecem, que não têem nenhum interesse geral, salvo o de enriquecerem uns à custa dos outros. A pátria é coisa que nem existe já. . . Que pátria comum podem ter o banqueiro internacional e o trapeiro?
    Só quando uma cidade, um território, uma nação ou um grupo de nações houverem recuperado a sua unidade na vida social, é que a arte poderá haurir a sua inspiração na idéia comum da cidade ou da federação. Então o arquiteto conceberá o monumento da cidade, que não será já um templo, um cárcere, nem uma fortaleza; então o pintor, o escultor, o cinzelador, o ornamentista, etc., saberão onde colocar as suas telas, estátuas e decorações, as obras segregando toda a sua força de execução da mesma origem vital; os artistas caminhando juntos gloriosamente para o futuro.
    Até lá a arte só poderá vegetar.
    Os melhores quadros dos pintores modernos são ainda aqueles que representam a natureza, a aldeia, o vale, o mar com seus perigos e a montanha com seus esplendores. Mas, como poderá o pintor exprimir a poesia do trabalho dos campos, se se limita apenas a contemplá-la e a imaginá-la, e nunca lhe saboreou o gosto? Se apenas a conhece, como uma ave de arribação conhece os países sobre o qual paira no vôo errante das suas migrações? Se em todo o vigor da sua formosa juventude, nunca marchou desde o romper da alvorada atras de arado que sulca os campos, e se não sentiu o prazer de ceifar as altas hastes num elegante lance de foice a par de robustos ceifeiros rivalizando em energia com grupos de moças sorridentes enternecendo o ar com as suas buliçosas canções? O amor à terra e do que nela se cria não se adquire fazendo estudos a pincel; só trabalhando nela o sentimos - e sem a amar como é possível expressá-la? Eis porque tudo o que os melhores pintores têem reproduzido neste sentido é ainda tão imperfeito e tantas vezes falso. O que há é sentimentalismo e não força criadora.
    É preciso ter visto o por do sol à volta do trabalho. É preciso ter sido camponês com o camponês para recolher-lhe o esplendor nos olhos.
    É preciso ter-se estado no mar com o pescador, a toda a hora do dia e da noite, ter lançado a rede, lutado contra as vagas, arrostado a tempestade e sentido, após a faina rude, a alegria de levantar uma pesada rede ou voltar com ela vazia, para compreender a poesia da pesca. É preciso ter passado pela oficina, conhecido as fadigas, os sofrimentos e também as alegrias do trabalho criador, batendo o metal, domando-o e forjando-o aos clarões fulgurantes dos altos fornos; é preciso ter sentido viver a máquina para saber o que é a força do homem e traduzi-la numa obra de arte. É preciso, enfim, mergulhar na vida do povo para saber exprimi-la.
    As obras destes artistas do futuro que tiverem vivido a vida do povo como os grandes artistas do passado, não serão destinadas à venda. Tais obras serão parte integrante de um todo vivo que sem elas não teria razão de ser, como elas não teriam razão de ser sem ele. É ali que se virá contemplá-las e que a altiva e serena beleza que elas encarnam produzirá o seu efeito salutar sobre os corações e sobre os espíritos.
    A arte, para desenvolver-se, deve relacionar-se com a indústria por múltiplas transições intermediárias, de sorte que fiquem, por assim dizer, confundidas, como tão bem e tão freqüentes vezes o demonstraram Ruskin e o grande poeta socialista Morris. Tudo o que rodeia o homem, tanto em casa, como na rua, quer no interior ou no exterior dos monumentos públicos, deve ser de uma pura forma artística.
    Isto, porém, só poderá realizar-se numa sociedade onde todos gozarem de bem-estar e de descanso. Ver-se-á então surgirem associações de arte onde cada um poderá experimentar as suas capacidades, porque a arte não pode passar sem uma infinidade de trabalhos suplementares puramente anuais e técnicos.
    Estas associações artísticas tomarão a seu cargo o aformoseamento dos lares dos seus membros, à semelhança do que fizeram esses amáveis voluntários, os jovens pintores de Edimburgo, decorando as paredes e os tetos do grande hospital dos pobres da cidade.
    O pintor ou escultor que tiver produzido uma obra de sentimento pessoal ou íntimo, oferecê-la-á à mulher que ame ou a uma pessoa que estime. Feita com amor, será essa obra inferior às que satisfazem hoje a vaidade dos burgueses e dos banqueiros, por haverem custado muito dinheiro?

     Kropotkin, Piotr. "A conquista do pão". Trad. Manoel Ribeiro, Lisboa:Guimarães, 1910, p. 125-128

    5 de agosto de 2011

    Socialismo (Godard) no Cine Estação




    Uma sinfonia em três movimentos. Um navio no mediterrâneo e alguns conversas, em diversas línguas, entre passageiros, quase todos em férias. Um velho criminoso de guerra (alemão, francês ou americano?) acompanhado de sua neta. Um jovem filósofo francês. Um representante da polícia de Moscou. Uma cantora americana. Um velho policial francês. Uma ex-funcionária da ONU. Um agente aposentado. Um embaixador palestino. No fundo, discutem a falência das ideologias de esquerda no início de século 21.



    Título original: Film Socialisme
    Duração: 1h40
    Ano de lançamento: 2010. 14 anos
    Direção:  Jean-Luc Godard
    Roteiro: Jean-Luc Godard
    Com: Patti Smith, Catherine Tanvier e Jean-Marc Stehlé.



    Serviço: 
    Exibição em Agosto:

    Quarta (17/08): às 18h e 20h30
    Quinta (11 e 18 /08): às 18h e 20h30

    Sexta (12 /08): às 18h e 20h30

    Domingo (14 e 21/08): às 10h, 18h e 20h30



    Ingressos: R$ 7,00 (inteira) R$ 3,50 (meia). Realização OS Pará 2000, Secult e Governo do Pará. Patrocínio Oi.

    Amor e Sexo, Rita Lee




    Amor é um livro
    Sexo é esporte
    Sexo é escolha
    Amor é sorte

    Amor é pensamento, teorema
    Amor é novela
    Sexo é cinema

    Sexo é imaginação, fantasia
    Amor é prosa
    Sexo é poesia

    O amor nos torna patéticos
    Sexo é uma célula de epiléticos

    Amor é cristão
    Sexo é pagão
    Amor é latifúndio
    Sexo é invasão
    Amor é divino
    Sexo é animal
    Amor é bossa nova
    Sexo é carnaval

    Amor é para sempre
    Sexo também
    Sexo é do bom...
    Amor é do bem...

    Amor sem sexo,
    É amizade
    Sexo sem amor,
    É vontade

    Amor é um
    Sexo é dois
    Sexo antes,
    Amor depois

    Sexo vem dos outros,
    E vai embora
    Amor vem de nós,
    E demora

    Amor é cristão
    Sexo é pagão
    Amor é latifúndio
    Sexo é invasão
    Amor é divino
    Sexo é animal
    Amor é bossa nova
    Sexo é carnaval

    Amor é isso,
    Sexo é aquilo
    E coisa e tal...
    E tal e coisa...

    PS: Essa música é dedicada à alguém especial, só não digo quem é porque ele vai ficar neurado.
    Mas, você sabe que é pra você



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