This is default featured post 1 title
Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.
This is default featured post 2 title
Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.
This is default featured post 3 title
Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.
This is default featured post 4 title
Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.
This is default featured post 5 title
Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.
16 de dezembro de 2010
6 de dezembro de 2010
5 de dezembro de 2010
Reticências
Não tenho culpa pelas coisas que acontecem, e elas me afetam.
Não tenho culpa por não conseguir mais sorrir como antes.
Me faço de forte, visto a armadura, endureço a expressão em meu rosto e sigo.
Mas dentro de mim o que reina é deserto,
chão seco molhado por minhas lágrimas,
regado pela minha tristeza,
castigado pela minha solidão.
Tento me reerguer e mostrar minhas virtudes,
tento apenas não desvanecer e continuar lutando.
Tento fazer as coisas de maneira correta.
Tento apenas ser boa e fazer a diferença.
Quero deixar minha marca na história,
e se nem isso consigo, tento deixá-la em vidas;
na sua vida.
E eu apenas tento, conseguir já é outra história
29 de novembro de 2010
Eu ainda tento entender, por Ábia Costa
18 de novembro de 2010
14 de novembro de 2010
E eu ainda sofro a desilusão daquele amor
4 de novembro de 2010
Silêncio
17 de outubro de 2010
IFNOPAP - Fortalecendo a cultura da Amazônia Paraense
Hoje é o maior projeto integrado dentro da Universidade Federal do Pará. Com um enorme acervo onde conta narrativas populares, hoje o IFNOPAP conta com alunos tanto de graduação quanto de pós-graduação do curso de Letras.Tal Projeto visa fortalecer a cultura da Amazônia Paraense, procurando registrar as narrativas do imaginário deste povo simples.
9 de outubro de 2010
Simplesmente Che
"O verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de generosidade; é impossível imaginar um revolucionário autêntico sem esta qualidade".
Ernesto Che Guevara
3 de outubro de 2010
Cinema sob à luz da psicanálise
No começo deste ano, descobri um blog, onde juntava duas coisas as quais eu sou apaixonada: cinema e psicanálise. Ao ler as análises dos filmes, me tornei grande fã de seu dono e autor: Renato Hemesath, 22 anos, morador da cidade de São Paulo, onde cursa o 3º ano de Psicologia, cinéfilo, com preferência por filmes em preto e branco, não esconde de ninguém sua enorme admiração por Audrey Hepburn (anos 50, 60, 70 e 80), apreciador de dias frios e nublados e de grande variedade de chás. Além de tudo isso, Renato arranja um tempinho para escrever suas análises cinematográficas e nos concedeu uma entevista exclusiva, onde fala de suas inspirações, gostos e claro cinema e psicanálise através do Cine Freud.
Pergunta: Como surgiu a ideia de criar um blog juntando psicanálise e cinema?
Renato Hemesath: A princípio não havia uma idéia estruturada, eu tinha apenas um nome em mente: Cine Freud, que tal? Neste primeiro momento, constatei que não havia nenhum trabalho na internet que apresentasse esses dois eixos, que falasse ousadamente sobre cinema e psicanálise. Portanto, nada mais propício do que investir em algo inovador! desde então, alguns elementos já eram fundamentais para mim: zelo, autenticidade, ousadia e bom humor. E foi assim que aconteceu, o resultado vocês podem constatar hoje.
Quem me conhece sabe o quanto eu super amo todo o trabalho do Todd Solondz. ele é fenomenal, é minha maior referência em humor negro. Escrever sobre este filme foi fantástico! a história por si só é encantadora, mas principalmente pela oportunidade de abordar sobre o lugar daqueles que socialmente são silenciados pela ação de um outro, foi o momento de tirar máscaras e mostrar, em concordância com Todd, que socialmente é eleito o lugar daqueles que nada-são.
R.H: Ah claro que sim. Decidi que seria preciso mudar algumas coisas de lugar e rever algumas questões. Agora, o site possui domínio próprio e estou reformulando o layout e aprendendo novas técnicas gráficas, já que todo o design da página é desenhado por mim. Sinto também que será muito interessante mudar gradativamente a estrutura das resenhas, logo o fio narrativo tem se modificado, a ênfase para os próximos trabalhos será escrever as resenhas pautando-se na análise dos discursos e do simbolismo presente nos filmes. E claro, logo faremos 1 ano, e essa data será super comemorada.
Sim, o blog atingiu um ideal previamente sonhado. Quando comecei a escrever e editar todo o trabalho não tinha certeza se a proposta daria certo ou não, assim como não imaginava que encontraria um público tão receptivo e disposto a pensar o cinema sobre este enfoque analítico. Mas quero algo ainda mais ousado e serão os próximos meses que permitirão que isso ocorra. Afinal, quando você acredita de verdade que é capaz de realizar, não há nada que possa afastá-lo deste ideal.
1 de outubro de 2010
A construção identitária dentro do filme "O Show de Truman"
Por Ábia Costa
26 de setembro de 2010
Frases de Fernando Anintelli, O Teatro Mágico
20 de setembro de 2010
Vivo arte.mov Belém
É a primeira vez que o festival acontece em terras paraenses, e está em sua quinta edição nacional, a abertura será nesta quarta-feira (Dia Mundial Sem Carro) com uma passeata de bicicletas, saindo às 19h da frente do Mercado de São Brás.
A programação você pode encontrar aqui
Fonte: Guiart.com.br
Site Oficial : Vivo Arte.Mov
18 de setembro de 2010
Um encontro histórico, por Ábia Costa
Benendito Nunes |
Eram 10:30hs da manhã, no mini-auditório do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará, um abraço caloroso entre dois dos maiores intelectuais do Brasil e de Portugal, de um lado Benedito Nunes, já com seus 81 anos, e uma vasta bibliografia, paraense de Belém, professor, filósofo, escritor, crítico e ensaísta, Benedito Nunes especializou-se em analisar obras de grandes escritores, como Clarice Lispector, João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, Jean-Paul Sartre e Martin Heidegger. Intelectual, recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura em 1987 (na categoria
Eduardo Lourenço |
11 de setembro de 2010
Projetos, estudos e Mário Faustino, por Ábia Costa
Mário Faustino (Terezina-22/10/1930, Lima-27/11/1962) |
Vi-te chegar, como havia
Sonhando já que chegasses:
Vinha teu vulto tão belo
Em teu cavalo amarelo,
Anjo meu, que, se me amasses,
Em teu cavalo eu partira
Sem saudade, pena, ou ira;
Teu cavalo, que amarraras
Ao tronco de minha glória
E pastava-me a memória
Feno de ouro, gramas raras.
Era tão cálido o peito
Angélico, onde meu leito
Me deixaste então fazer,
Que pude esquecer a cor
Dos olhos da Vida e a dor
Que o Sono vinha trazer.
Tão celeste foi a Festa,
Tão fino o Anjo, e a Besta
Onde montei tão serena,
Que posso, Damas, dizer-vos
E a vós, Senhores, tão servos
De outra Festa mais terrena
Morri de amor pela Morte.
5 de setembro de 2010
Mais uma primavera, por Ábia Costa
31 de agosto de 2010
Dia do Blog, por Ábia Costa
29 de agosto de 2010
26 de agosto de 2010
Está chegando mais uma Feira Pan-Amazônica do Livro, por Ábia Costa
A feira também contará com uma programação de primeira qualidade, com escritores renomados nacionalmente e muita música regional e nacional nos palcos onde sediarão shows gratuitos ao público.
Como é de costume, a Feira homenageará um país, este ano serão vários países de um continente, o tema é: "África que fala Português" homenageando Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique e Cabo Verde; o patrono será o poeta paraense Bruno de Menezes.
A Feira Pan-Amazônica do Livro que reuniu em 2009, cerca 510 mil pessoas durante dez dias de evento, pretende bater novo recorde de público este ano.
Estamos todos ansiosos.
Programação dos Escritores:
19h30 às 21h
28/08 – Ariano Suassuna
29/08 – Caco Barcellos
30/08 – Mario Prata
31/08 – Marcel Souto Maior
01/09 – Carlos Heitor Cony
02/09 – Celso Antunes
03/09 – Luis Fernando Veríssimo e Zuenir Ventura
04/09 – Walcyr Carrasco
05/09 – Fernanda Young
Programçao Musical
27/08
Sexta-feira
21h - TIMBALADA
Domingo
20h - ORQUESTRA DE VIOLÃO CELLO DA AMAZÔNIA
Segunda-feira
20h - SAMBA DE CACETE
21h - ORQUESTRA SINFÔNICA DO THEATRO DA PAZ
22h - AMAZÔNIA JAZZ BAND
Terça-feira
20h - BAMBAÊ DO ROSÁRIO
21h - PINDUCA
22h - MILTON GUEDES
Quarta-feira
20h - CAMIRANGA
21h - JAAFA REGGAE
22h - CALYPSO
02/09
Quinta-feira
20h - GAMBA
21h - SUZANA FLAG
22h - GILBERTO GIL
Sexta-feira
20h - MARABIRÉ
21h - FUNK COMO LE GUSTA
22h - LENINE
Sábado
20h - CLÃ REAL
21h - LUIZA POSSI
22h - EMILIO SANTIAGO
Domingo
20h - ADELBERT
21h - SANDRA DE SÁ
22h - MÓVEIS COLONIAIS DE ACAJU
PROGRAMAÇÃO COMPLETA, CLIQUE AQUI
Fonte: Feira Pan-Amazônica do Livro
24 de agosto de 2010
Oh desgraçada és, por Ábia Costa
Ábia Costa
23 de agosto de 2010
Carta sobre a felicidade, por Epicuro*
Foto tirada por Ábia Costa, na Estação das Docas em Belém do Pará, 01/08/2010 |
Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz. Desse modo, a filosofia é útil tanto ao jovem quanto ao velho: para quem está envelhecendo sentir-se rejuvenescer através da grata recordação das coisas que já se foram, e para o jovem poder envelhecer sem sentir medo das coisas que estão por vir; é necessário, portanto, cuidar das coisas que trazem a felicidade, já que, estando esta presente, tudo temos, e, sem ela, tudo fazemos para alcançá-la.
Pratica e cultiva então aqueles ensinamentos que sempre te transmiti, na certeza de que eles constituem os elementos fundamentais para uma vida feliz.
Em primeiro lugar, considerando a divindade como um ente imortal e bem-aventurado, como sugere a percepção comum de divindade, não atribuas a ela nada que seja incompatível com a sua imortalidade, nem inadequado com a sua imortalidade, nem inadequado à sua bem-aventurança; pensa a respeito dela tudo que for capaz de conservar-lhe felicidade e imortalidade.
Os deuses de fato existem e é evidente o conhecimento que temos deles; já a imagem que deles faz a maioria das pessoas, essa não existe: as pessoas não costumam preservar a noção que têm dos deuses. Ímpio não é quem rejeita os deuses em que a maioria crê, mas sim quem atribui aos deuses os falsos juízos dessa maioria. Com efeito, os juízos do povo a respeito dos deuses não se baseiam em noções inatas, mas em opiniões falsas. Daí a crença de que eles causam os maiores malefícios aos maus e os maiores benefícios aos bons. Irmanados pelas suas próprias virtudes, eles só aceitam a convivência com os seus semelhantes e consideram estranho tudo que seja diferente deles.
Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade.
Não existe nada de terrível na vida para quem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver. É tolo portanto quem diz ter medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, mas porque o aflige a própria espera: aquilo que não nos perturba quando presente não deveria afligir-nos enquanto está sendo esperado.
Então, o mais terrível de todos os males, a morte, não significa nada pra nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos. A morte, portanto, não é nada, nem para os vivos, nem para os mortos, já que para aqueles ela não existe, ao passo que estes não estão mais aqui. E, no entanto, a maioria das pessoas ora foge da morte como se fosse o maior dos males, ora a deseja como descanso dos males da vida.
O sábio, porém, nem desdenha viver, nem teme deixar de viver; para ele, viver não é um fardo e não-viver não é um mal.
Assim como opta pela comida mais saborosa e não pela mais abundante, do mesmo modo ele colhe os doces frutos de um tempo bem vivido, ainda que breve.
Quem aconselha o jovem a viver bem e o velho a morrer bem não passa de um tolo, não só pelo que a vida tem de agradável para ambos, mas também porque se deve ter exatamente o mesmo cuidado em honestamente viver e em honestamente morrer. Mas pior ainda é aquele que diz: bom seria não ter nascido, mas, uma vez nascido, transpor o mais depressa possível as portas do Hades.
Se ele diz isso com plena convicção, por que não se vai desta vida? Pois é livre para fazê-lo, se for esse realmente seu desejo; mas se o disse por brincadeira, foi um frívolo em falar de coisas que brincadeira não admitem.
Nunca devemos nos esquecer de que o futuro não é nem totalmente nosso, nem totalmente não-nosso, para não sermos obrigados a esperá-lo como se estivesse por vir com toda certeza, nem nos desesperarmos como se não estivesse por vir jamais.
Consideremos também que, dentre os desejos, há os que são naturais e os que são inúteis; dentre os naturais, há uns que são necessários e outros, apenas naturais; dentre os necessários, há alguns que são fundamentais para a felicidade, outros, para o bem-estar corporal, outros, ainda, para a própria vida. E o conhecimento seguro dos desejos leva a direcionar toda escolha e toda recusa para a saúde do corpo e para a serenidade do espírito, visto que esta é a finalidade da vida feliz: em razão desse fim praticamos todas as nossas ações, para nos afastarmos da dor e do medo.
Uma vez que tenhamos atingido esse estado, toda a tempestade da alma se aplaca, e o ser vivo não tendo que ir em busca de algo que lhe falta, nem procurar outra coisa a não ser o bem da alma e do corpo, estará satisfeito. De fato, só sentimos necessidade do prazer quando sofremos pela sua ausência; ao contrário, quando não sofremos, essa necessidade não se faz sentir.
É por essa razão que afirmamos que o prazer é o início e o fim de uma vida feliz. Com efeito, nós o identificamos como o bem primeiro e inerente ao ser humano, em razão dele praticamos toda escolha e toda recusa, e a ele chegamos escolhendo todo bem de acordo com a distinção entre prazer e dor.
Embora o prazer seja nosso bem primeiro e inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer: há ocasiões em que evitamos muitos prazeres, quando deles nos advém efeitos o mais das vezes desagradáveis; ao passo que consideramos muitos sofrimentos preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier depois de suportarmos essas dores por muito tempo. Portanto, todo prazer constitui um bem por sua própria natureza; não obstante isso, nem todos são escolhidos; do mesmo modo, toda dor é um mal, mas nem todas devem ser sempre evitadas. Convém, portanto, avaliar todos os prazeres e sofrimentos de acordo com o critério dos benefícios e dos danos. Há ocasiões em que utilizamos um bem como se fosse um mal e, ao contrário, um mal como se fosse um bem.
Consideramos ainda a autossuficiência um grande bem; não que devamos nos satisfazer com pouco, mas para nos contentarmos com esse pouco caso não tenhamos o muito, honestamente convencidos de que desfrutam melhor a abundância os que menos dependem dela; tudo o que é fácil de conseguir; difícil é tudo o que é inútil.
Os alimentos mais simples proporcionam o mesmo prazer que as iguarias mais requintadas, desde que se remova a dor provocada pela falta: pão e água produzem o prazer mais profundo quando ingeridos por quem deles necessita.
Habituar-se às coisas simples, a um modo de vida não luxuoso, portanto, não só é conveniente para a saúde, como ainda proporciona ao homem os meios para enfrentar corajosamente as adversidades da vida: nos períodos em que conseguimos levar uma existência rica, predispõe o nosso ânimo para melhor aproveita-la, e nos prepara para enfrentar sem temos as vicissitudes da sorte.
Quando então dizemos que o fim último é o prazer, não nos referimos aos prazeres dos intemperantes ou aos que consistem no gozo dos sentidos, como acreditam certas pessoas que ignoram o nosso pensamento, ou não concordam com ele, ou o interpretam erroneamente, mas ao prazer que é ausência de sofrimentos físicos e de perturbações da alma. Não são, pois, bebidas nem banquetes contínuos, nem a posse de mulheres e rapazes, nem o sabor dos peixes ou das outras iguarias de uma mesa farta que tornam doce uma vida, mas um exame cuidadoso que investigue as causas de toda escolha e de toda rejeição e que remova as opiniões falsas em virtude das quais uma imensa perturbação toma conta dos espíritos. De todas essas coisas, a prudência é o princípio e o supremo bem, razão pela qual ela é mais preciosa do que a própria filosofia; é dela que originaram todas as demais virtudes; é ela que nos ensina que não existe vida feliz sem prudência, beleza e justiça, e que não existe prudência, beleza e justiça sem felicidade. Porque as virtudes estão intimamente ligadas à felicidade, e a felicidade é inseparável delas.
Na tua opinião, será que pode existir alguém mais feliz do que o sábio, que tem um juízo reverente acerca dos deuses, que se comporta de modo absolutamente indiferente perante a morte, que bem compreende a finalidade da natureza, que discerne que o bem supremo está nas coisas simples e fáceis de obter, e que o mal supremo ou dura pouco, ou só nos causa sofrimentos leves? Que nega o destino, apresentado por alguns como o senhor de tudo, já que as coisas acontecem ou por necessidade, ou por acaso, ou por vontade nossa; e que a necessidade é incoercível, o acaso, instável, enquanto nossa vontade é livre, razão pela qual nos acompanham a censura e o louvor?
Mais vale aceitar o mito dos deuses, do que ser escravo do destino dos naturalistas: o mito pelo menos nos oferece a esperança do perdão dos deuses através das homenagens que lhes prestamos, ao passo que o destino é uma necessidade inexorável.
Entendendo que a sorte não é uma divindade, como a maioria das pessoas acredita (pois um deus não faz nada ao acaso), nem algo incerto, o sábio não crê que ela proporcione aos homens nenhum bem ou nenhum mal que sejam fundamentais para uma vida feliz, mas, sim, que dela pode surgir o início de grandes bens e de grandes males. A seu ver, é preferível ser desafortunado e sábio, a ser afortunado e tolo; na prática, é melhor que um bom projeto não chegue a bom termo, do que chegue a ter êxito um projeto mau.
Medita, pois, todas estas coisas e muitas outras a elas congêneres, dia e noite, contigo mesmo e com teus semelhantes, e nunca mais te sentirás perturbado, quer acordado, quer dormindo, mas viverás como um deus entre os homens. Porque não se assemelha absolutamente a um mortal o homem que vive entre bens imortais.
*Epicuro, foi um filósofo grego que fundou a escola epicurista que pregava o prazer como missão
Fonte: Ateus.net