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27 de maio de 2016

Eutanásia em foco no livro "Como Eu Era Antes De Você", de Jojo Moyes



Por Ábia Costa

Pelo dicionário, "eutanásia" significa "ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente atingido por afecção incurável que produz dores intoleráveis". No Brasil a eutanásia é considerada crime, dependendo do ponto de vista jurídico pode a pena por homicídio pode ser reduzida de um sexto a um terço da pena. Uruguai, Holanda,Bélgica, Colômbia, Suíça, estão entre os países onde a eutanásia é legalizada.
A Suíça que é o destino de nosso protagonista no livro Como eu era antes de você, de Jojo Moyes, não há regulamentação expressa na corte judicial. É bastante famosa quando se trata de morte assistida, e há instituições de grande relevância e referência no mundo todo, como por exemplo, a Dignitas (escolha de nosso personagem principal), que promove mortes assistidas em Zurique e segundo a Folha de São Paulo (2002)

"Desde a fundação da organização, há quatro anos, 140 pessoas já se suicidaram no local, tomando uma dose letal de barbitúricos preparada por enfermeiros da organização.
Cerca de 80% dos "clientes" da Dignitas são estrangeiros, atraídos pela permissividade da legislação suíça. Os alemães são a maioria, mas há também britânicos, franceses, holandeses e americanos."
Aqui precisamos alertar que conterá spoilers.

Wil é tetraplégico, bonito, rico e não vê muitos motivos para continuar vivendo, tentando até mesmo o suicídio. Desesperados, seus pais concordam em lhe dar a eutanásia, mas pedem seis meses para que ele possa pensar melhor acerca do assunto, Neste momento eles contratam Louisa, uma ex-garçonete que não tem experiência como cuidadora, mas que tem muita animação pela vida. No começo, Wil Traynor e Louisa Clarke, são apenas pessoas que o destino uniu de alguma forma, mas com o passar do tempo se tornaram amigas. Apesar de Louisa não saber de imediato sobre a questão da eutanásia, ela tenta de alguma forma animar Wil, que se fecha e não permite que ela se aproxime, com o tempo descobrindo que faz parte de um plano para não deixar que Wil se suicide antes do prazo estipulado pelos pais, Louisa então elabora um plano para fazer Wil desistir da ideia da eutanásia, ela viaja com ele para as Ilhas Maurício, apesar de muita relutância, Wil aceita sua proposta de viagem. Lá Louisa que se vê apaixonada por Wil, se declara a ele, porém, ele esta decidido, e diz que vai cometer a eutanásia de qualquer forma, pois acredita que Louisa não merece estar atrelada a um tetraplégico.

O final é muito emocionante, confesso que foi a primeira vez que chorei em um livro, e fiquei pensando nele durante dias: Wil comente a eutanásia em Zurique na instituição Dignitas e deixa Louisa amparada financeiramente para que ela possa continuar sua vida sem ele. A história é tão bela, que Como eu era antes de você vai ganhar adaptação para o cinema e estreia dia 16/06/2016 com a talentosíssima Emília Clarke no papel de Louisa e Sam Claflin como Wil Traynor.

Voltamos então a questão da eutanásia, a qual eu sou a favor, pois a vida deve ser uma escolha e não há muito disso quando a pessoa já está incurável. Muitas vezes a pessoa que escolhe a eutanásia não tem vontade de morrer e sim acabar com a dor que sente, em muitos casos, tais dores são atrozes, levando a uma vida insuportável. Claro que há outras questões a serem considerados, mas este texto não visa aprofundar-se nesta questão para isso consulte as fontes.



Fontes:

A eutanásia no Brasil

Eutanásia: Análise dos países que permitem

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