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9 de abril de 2010

Antônio Tavernard, expressão da literatura paraense

E para brindar a semana do II Jirau da Literatura Paraense quero homenagear um dos maiores poetas que Belém do Pará já conheceu e de quem sou grande fã: Antônio Tavernard, nasceu em Vila São João de Pinheiro, atual Icoaraci-Belém-Pará (1908-1936),poeta, cronista, romancista e contista, sua obra foi marcada pelo sofrimento que a hanseníase lhe causou durante boa parte de sua vida. A poesia de Tavernard caracterizou-se por várias escolas literárias, indo do barroco ao modernismo, passando pelo romantismo e simbolismo. Tavernard tem, ao todo, três livros, dois deles publicados após a sua morte. Foi um dos redatores da revista “A Semana” que circulou em Belém na década de 1930. Faleceu vítima da hanseníase, incurável nos tempos do poeta



SONHOS DE SOL

“Nesta manhã tão clara é sacrilégio
o se pensar na morte. No entanto
é no que penso úmidos de pranto
os meus olhos cansados.

Sortilégio
de luz pela cidade... As casas todas,
humildes e branquinhas
lembram gráceis e tímidas mocinhas
no dia de suas bodas.

Morrer assim numa manhã tão linda,
risonha, rosicler,
não é morrer... é adormecer ainda
na doce tepidez de um seio de mulher!
Não é morrer... é só fechar os olhos
Para melhor sentir o cheiro do jasmim
Escondido da renda nos refolhos!...
Ah! Quem me dera que eu morresse assim"

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